terça-feira, 22 de maio de 2012

São gêmeos, mas tem cores diferentes?




É isso mesmo! Eles são gemeos univitelinos(idênticos), mas segundo a classificacão da UnB um é nego e outro é branco.  Filhos de pai negro, e mãe branca, Alex e Alan Teixeira da Cunha, de 18 anos, não tiveram a mesma sorte ao se inscrever no sistema de cotas para o vestibular do meio do ano de 2007 da Universidade de Brasília (UnB): Alan foi aceito pelos critérios da universidade e Alex não.
Para concorrer, os candidatos obrigatoriamente se dirigem até um posto de atendimento da universidade e tiram fotos no Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB), responsável pela aplicação da prova. Essas fotos são analisadas e é decidido quem entra na cota ou não.


Depoimento de Alex e Alan:

"Resolvemos nos inscrever pelas cotas porque elas existem e têm que ser usadas. Além disso, a nota de corte para os candidatos cotistas é mais baixa que a nota de corte dos candidatos do sistema universal. Já que posso usar esse recurso, resolvi aproveitar", disse Alex, que entrou com um recurso na UnB para que a universidade reavalie a sua condição de negro.
Alan é contra o sistema de cotas raciais e diz que o que aconteceu com ele e com o irmão é o melhor exemplo para mostrar que o método não funciona. "Somos gêmeos idênticos e eu fui aceito, ele não. Acho que as cotas deveriam ser para candidatos carentes, que não têm condições de pagar uma boa universidade", disse.

Será que esse sistema é realmente justo?

Maira Pitta

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