Usinas nucleares de Angra
terão sistema de armazenamento de lixo atômico em três anos
01/04/2012
- 10h55
Alana
Gandra
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de
Janeiro – A Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás que administra a Central
Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, vai concluir a construção
da primeira célula-demonstração para contenção do lixo atômico das usinas
nucleares dentro de três anos, conforme informou o presidente da estatal, Othon
Luiz Pinheiro. Ele garante que o sistema de armazenamento dos rejeitos
nucleares é seguro.
A técnica
adotada faz o encapsulamento de cada célula do combustível e, depois, o
encapsulamento do conjunto de elementos combustíveis atômicos. “É uma proteção
a mais”, observa Othon Pinheiro.
Segundo
ele, o armazenamento não será imposto a nenhum município, mas aquele que se
dispuser a estocar esse lixo será remunerado. “[O município] ganhará royalties
por isso. Se nós tivermos a competência para demonstrar que [o sistema] é
seguro, vai ter muito município com densidade populacional baixa, sem
utilização para terrenos públicos, que vai ganhar com isso, sem nenhuma
consequência para a população”.
Apesar de
o programa nuclear brasileiro estar sendo revisto, em função do acidente que
abalou a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, há um ano, Othon
Pinheiro acredita que não há razão para interromper a construção de centrais
nucleares no país.
Em
construção, Angra 3 deverá entrar em funcionamento em 2016 e vai gerar 1.405
megawatts (MW) de energia. Somando com a produção das outras duas usinas
em funcionamento, Angra 1 e 2, contribuirá para a geração de 60% da energia
consumida no estado do Rio de Janeiro. Othon Pinheiro destacou que, nos últimos
dez anos, a contribuição de energia térmica nuclear ao sistema integrado
nacional fica, pelo menos, dentro da média de 2.015 MW.
Para o
presidente da Eletronuclear, o acidente de Fukushima, um grande vazamento de
radiação depois que os reatores foram sacudidos por um forte terremoto, seguido
de tsunami, em março do ano passado, acabará provando que a energia
nuclear dificilmente será abandonada onde é adotada no mundo.
Mesmo
descartando problemas similares aos de Fukushima, a Eletronuclear decidiu
construir o prédio do reator de Angra 3 à prova de terremoto. De acordo com
Othon Pinheiro, a rotina de trabalho na central nuclear brasileira prima pela
segurança e pela qualidade de treinamento do pessoal.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-01/usinas-nucleares-de-angra-terao-sistema-de-armazenamento-de-lixo-atomico-em-tres-anos
Por: Paulo César
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